Nota Pessoal 14 - A Testemunha
Nos idos anos 80, eu vi um filme chamado "A Testemunha" onde se retratavam alguns dos hábitos de uma comunidade Amish da costa Leste dos EUA. No filme vêem-se vários vizinhos de uma comunidade agrícola reunirem-se num dia de Verão para ajudarem a construir um edifício de madeira. Fiquei na altura fascinado com a vida comunitária daquelas pessoas, os vínculos de entre-ajuda e também os problemas inerentes ao tipo de vida que levavam. Nem tudo é fácil quando se vive em conjunto, partilhando as coisas boas assim como os conflitos e dificuldades. Mas o resultado pode, a meu ver, ser válido e bem maior do que a soma das partes.
Na construção desta casa tivemos o imenso privilégio de usufruir dessas coisas boas da vida comunitária. Fomos ajudados por imensa gente, uma comunidade solta de pessoas que por laços familiares, de amizade ou de ideias, e de forma desinteressada, decidiram colaborar no enchimento em terra das paredes. E a oferta do seu tempo e boa vontade foi, sem dúvida, dos maiores privilégios que usufruí na minha vida.
Foram quatro fins-de-semana e um feriado intensos, sempre acompanhado, carregado 'ao colo'. A minha mãe, com a ajuda de outras pessoas, trazia-nos sempre o almoço. Estivemos nós. Veio o meu pai, o meu irmão, cunhados, primos e amigos. Vieram os arquitectos, os seus amigos, familiares e colegas. Vieram estranhos e curiosos. Todos vieram e ajudaram.
No fim-de-semana de 25 e 26 de Agosto vieram o José, a Raquel, a Joana, eu, o Eduardo, o Francisco, o Luís, o João e o João V, a Vera, o Zé Carlos, a Dina, o Carlos filho, a Damiana, a Carmen, a Patrícia, a Cristina, o Filipe, a Sandra e o pequeno Álvaro, a Fernanda e o Vítor. No Sábado 1 de Setembro e Domingo 2 veio a Lina, e os jovens João e Pedro, a Damiana, o Carlos pai, a Elizabete, a Fernanda, o Nuno, o Paulo, a Raquel, a Joana B, a Joana C e a Joana D, a Rosa, a Natália, a Julieta, o José, o Eduardo, o Francisco, o Manel e eu.
A testemunha de tudo isto é a casa. Ela guarda em cada monte de terra o esforço e dedicação de alguém. E mesmo quando eu me esquecer se foi a Joana B, C ou D que encheu certo espaço as marcas delas ainda lá estarão. A casa guarda essa verdade e será monumento ao que testemunhou. Que dure muito tempo.
Obrigado a todos o que têm apoiado esta aventura.
PS - Obrigado R. Pelas correcções de português!
Na construção desta casa tivemos o imenso privilégio de usufruir dessas coisas boas da vida comunitária. Fomos ajudados por imensa gente, uma comunidade solta de pessoas que por laços familiares, de amizade ou de ideias, e de forma desinteressada, decidiram colaborar no enchimento em terra das paredes. E a oferta do seu tempo e boa vontade foi, sem dúvida, dos maiores privilégios que usufruí na minha vida.
Foram quatro fins-de-semana e um feriado intensos, sempre acompanhado, carregado 'ao colo'. A minha mãe, com a ajuda de outras pessoas, trazia-nos sempre o almoço. Estivemos nós. Veio o meu pai, o meu irmão, cunhados, primos e amigos. Vieram os arquitectos, os seus amigos, familiares e colegas. Vieram estranhos e curiosos. Todos vieram e ajudaram.
No fim-de-semana de 25 e 26 de Agosto vieram o José, a Raquel, a Joana, eu, o Eduardo, o Francisco, o Luís, o João e o João V, a Vera, o Zé Carlos, a Dina, o Carlos filho, a Damiana, a Carmen, a Patrícia, a Cristina, o Filipe, a Sandra e o pequeno Álvaro, a Fernanda e o Vítor. No Sábado 1 de Setembro e Domingo 2 veio a Lina, e os jovens João e Pedro, a Damiana, o Carlos pai, a Elizabete, a Fernanda, o Nuno, o Paulo, a Raquel, a Joana B, a Joana C e a Joana D, a Rosa, a Natália, a Julieta, o José, o Eduardo, o Francisco, o Manel e eu.
A testemunha de tudo isto é a casa. Ela guarda em cada monte de terra o esforço e dedicação de alguém. E mesmo quando eu me esquecer se foi a Joana B, C ou D que encheu certo espaço as marcas delas ainda lá estarão. A casa guarda essa verdade e será monumento ao que testemunhou. Que dure muito tempo.
Obrigado a todos o que têm apoiado esta aventura.
PS - Obrigado R. Pelas correcções de português!
In the mid 1980s I watched a movie called "The Witness" where some of the customs of a Amish community of the East coast of the USA were shown. In the movie we can see how different neighbours of a farming community come together one Summer's day to help build a wood barn. At the time I was fascinated with the community life of these farmers, how they worked together and helped each other and also the problems inherent to the type of life they led. It isn't all easy when one lives in such a way, sharing the good things but also the conflicts and difficulties associated. But the result can, I believe, be a valid one and greater than its parts.
In the building of this house we have had the huge privilege of benefiting from some of the good things associated with community living. We were helped by many people, an open community of individuals connected by family, friendship or ideas that in a selfless way decided to colaborate in the filling of the walls with earth. And their gift of time and good will was, with no doubt, one of the biggest privileges I have enjoyed in my life.
For four intense weekends and a holiday I was always supported, carried on the arms of others. My mother, with the help of other people, brought us lunch everyday. We were there. My father, brother, sisters-in-law, cousins and friends came. The architects, their friends, family and colleagues came. Strangers came. And they all helped.
The house is the witness to all this. It keeps in every mound of earth the effort and dedication of someone. And even when I no longer remember who did which mound the testimony of that person will still be there. The house will be the guardian of this truth. May it last a long time.
Thank you, all of you who have supported this adventure.
In the building of this house we have had the huge privilege of benefiting from some of the good things associated with community living. We were helped by many people, an open community of individuals connected by family, friendship or ideas that in a selfless way decided to colaborate in the filling of the walls with earth. And their gift of time and good will was, with no doubt, one of the biggest privileges I have enjoyed in my life.
For four intense weekends and a holiday I was always supported, carried on the arms of others. My mother, with the help of other people, brought us lunch everyday. We were there. My father, brother, sisters-in-law, cousins and friends came. The architects, their friends, family and colleagues came. Strangers came. And they all helped.
The house is the witness to all this. It keeps in every mound of earth the effort and dedication of someone. And even when I no longer remember who did which mound the testimony of that person will still be there. The house will be the guardian of this truth. May it last a long time.
Thank you, all of you who have supported this adventure.
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